Sentimentos Metacognição e Sincronização Espiritual
Sentimentos Metacognição e Sincronização Espiritual
Sentimentos Metacognição e Sincronização Espiritual
Aplicações na Espiritualidade:
A experiência metacognitiva de Buda como navegação por eus afetivos históricos,
A incorporação dos orixás como ressonância de arquétipos emocionais e culturais no corpo coletivo,
E agora também os rituais espíritas, onde o médium sintoniza com o campo emocional de outra consciência (viva ou desencarnada), navegando pelos sentimentos como territórios de referência e pertencimento.
Metacognição, Sentimentos e Sincronização Espiritual
A experiência metacognitiva profunda, como a de Sidarta Gautama (Buda), pode ser interpretada como a habilidade de navegar entre centenas ou milhares de formas de “eu” — não no sentido biográfico literal, mas como sentimentos metabolizados ao longo da existência, que formaram diferentes padrões de consciência.
Cada “vida” lembrada seria um território afetivo, um conjunto de sensações, hábitos e tensões aprendidas e revividas como um todo.
Da mesma forma, nos rituais afrodescendentes, o “cavalo” que incorpora um orixá não está apenas “recebendo” uma entidade, mas ativando em si um padrão afetivo ancestral, uma matriz cultural e interoceptiva que ultrapassa a linguagem e se expressa em gesto, dança, respiração e olhar.
Nos rituais espíritas kardecistas ou sincréticos, temos ainda outro fenômeno complementar:
O médium sincroniza-se com os sentimentos de outras pessoas navegando por esse campo afetivo como se fosse um mapa vivo.
É como se entrasse no conectoma emocional de outro ser, captando dores, angústias, alegrias, ressentimentos — tudo isso reconfigurando temporariamente seus próprios estados metabólicos, interoceptivos e cognitivos (“Neurônios Espelhos emocionais").
Em todas essas tradições, há um mesmo mecanismo central:
A consciência é moldada e movida por sentimentos — e esses sentimentos são, ao mesmo tempo, expressão do corpo, do território e da cultura.
Sentimentos como Campo Sináptico-Afetivo
São metabolismos existenciais: definem como o corpo respira, age, processa o mundo.
São condensações culturais: acumulam hábitos, repressões, normas e repetições.
São fundadores da estrutura cerebral: criam vias sinápticas e áreas associadas à consciência (pré-frontal, amígdala, ínsula).
Assim, quando alguém incorpora um orixá, canaliza uma entidade espiritual ou navega por suas "vidas passadas", o que se está acessando são mapas afetivos complexos — circuitos sinápticos temporariamente reativados pela ressonância entre corpos, emoções e histórias.
Buda, o Cavalo e o Médium têm algo em comum:
Todos se tornam portais de ressonância afetiva.
Todos mostram que a metacognição real não é apenas racional, mas sim bioafetiva, espiritual e territorial.
Ela acontece quando o Ser transcende o Eu aprendido, permitindo que outros sentimentos habitem o corpo, descolonizando a percepção.
Sessão Espírita e Rituais com Orixás: Quando o Ser se distribui em muitos Eus
Nesses contextos rituais, temos:
1. Quorum Sensing Humano
Todos os presentes compartilham um mesmo campo afetivo, energético e rítmico, criando uma espécie de inteligência coletiva sensível.
Esse ambiente gera um campo de pertencimento, onde os corpos se sincronizam — sons, respirações, ritmos, emoções.
2. Efeito Cardume / Nado Sincronizado
Como nos animais sociais, ocorre uma sincronia entre indivíduos, fazendo com que o Ser coletivo se manifeste em cada corpo.
Cada participante se torna expressão parcial e ao mesmo tempo total de um único Ser ritualístico: não há separação entre o que sente o médium e o que sente o grupo.
3. O Todo que Faz-se Ser em Cada Parte
O “orixá”, o “espírito”, ou qualquer outra representação simbólica não desce como algo externo — ele emerge de uma arquitetura afetiva coletiva, como uma ressonância.
Cada médium é um dos eus possíveis desse Ser coletivo, performando um fazer que traduz a totalidade em uma parte.
No transe coletivo, o Ser se representa em cada corpo como se fosse o único que faz. Não há possessão externa, mas ressonância do Todo em cada parte.
O Eu existe como como abstração funcional
O "eu" não é uma essência, nem um ente fixo. Ele é sempre uma ferramenta de identificação temporária usada pelo Ser para organizar um Fazer.
O "eu" é um marcador funcional, emergente de um sentimento metabolizado diante de um afazer.
Cada Fazer impõe um estado corporal e atencional (um molde), e o "eu" serve para dar continuidade prática à ação.
Assim, o Ser carrega uma legião de eus, cada um ativado conforme o contexto, os hábitos, os sentimentos e as necessidades corporais.
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