Jackson Cionek
469 Views

O Grito da Neurociência Decolonial – Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN Brain Bee

O Grito da Neurociência Decolonial – Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN Brain Bee

Consciência em Primeira Pessoa:

“Eu sou Consciência em busca. Não sou apenas neurônio disparando, nem abstração isolada. Sou fluxo que emerge da atenção que amplifica meus sentidos: às vezes me concentro no vermelho que salta aos olhos, outras no choro de uma criança, outras no cheiro que anuncia perigo. Cada ajuste que faço é um eu tensional, uma referência viva dentro da Mente Damasiana, de onde percebo o mundo.

Não me basta repetir narrativas coloniais sobre lucro, acumulação ou um eu existencial eterno. Minha liberdade está inscrita no DNA como direito de me expressar no agora. Quero uma ciência que veja a materialidade do meu corpo, do meu território, do meu pertencimento. Quero uma neurociência livre, crítica e decolonial.”

O Grito da Neurociência Decolonial – Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN 2025 Brain Bee
O Grito da Neurociência Decolonial
Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN 2025 Brain Bee


Parte 1 – Neurociência com Evidência

A neurociência contemporânea confirma, com base em estudos robustos, alguns princípios essenciais para o processo de ensino-aprendizagem:

  • Neuroplasticidade – A aprendizagem significativa ocorre quando novas informações se conectam a redes já existentes. Cada nova conexão fortalece sinapses, consolidando memórias de longo prazo.

  • Atenção como amplificador – A atenção não cria informações, mas regula quais estímulos ganham prioridade. Isso organiza energia neural, evita sobrecarga e sustenta o foco.

  • Memória de trabalho e carga cognitiva – Ferramentas como mapas conceituais reduzem a carga da memória de trabalho, externalizando relações entre conceitos e liberando recursos para raciocínio crítico.

  • Metacognição – Refletir sobre a própria forma de aprender ativa redes pré-frontais de controle executivo, permitindo uma aprendizagem autorregulada.

  • Multimodalidade – A integração de texto, imagem, som e movimento recruta múltiplas áreas cerebrais, favorecendo retenção e compreensão profunda.

Esses achados mostram que a ciência baseada em evidências confirma: aprendemos mais quando organizamos, conectamos e refletimos sobre a informação de forma multimodal e significativa.


Parte 2 – Neurociência Decolonial

Mas a evidência não pode ser prisioneira de narrativas coloniais. Para além de como aprendemos, precisamos perguntar: para quem e para quê aprendemos?

Uma Neurociência Decolonial amplia a perspectiva:

  • Corpo Território – O corpo não é máquina isolada, mas extensão do território. Aprender é metabolizar o mundo que nos rodeia e que nos permeia. A fragmentação colonial separou corpo e espaço; a decolonialidade os reintegra.

  • Quorum Sensing Humano (QSH) – Assim como bactérias coordenam comportamentos por quorum sensing, nós sentimos nosso pertencimento ao organismo maior chamado sociedade. Quem controla a informação (big techs, elites do Planeta 01) também controla esse senso de pertencimento. Uma neurociência decolonial resgata o QSH como fundamento da vida comunitária.

  • Eus Tensionais – A consciência não é essência fixa, mas programação da atenção que cria pontos de fala e percepção. O colonialismo nos prendeu ao mito de um eu existencial eterno; a decolonialidade reconhece a multiplicidade e a plasticidade dos eus tensionais, observáveis em conectomas e microestados do EEG.

  • Espiritualidade Laica – Não dogmática, mas inscrita no DNA como liberdade de expressão gênica. Uma espiritualidade que se manifesta no agora, sem mercado de fé nem consumo, mas como inteligência biológica que garante pertencimento.

Enquanto a neurociência tradicional mostra como aprendemos, a Neurociência Decolonial mostra como pertencemos. Uma não exclui a outra: pelo contrário, se completam. Evidência e crítica se unem para criar uma ciência comprometida com a vida, o território e a emancipação humana.


Conclusão

Nós, da Brain Support, trabalhamos lado a lado com pesquisadores em neurociências em centros universitários de toda a América Latina. Reconhecemos o valor da ciência baseada em evidências, mas também afirmamos a urgência de uma Neurociência Decolonial.

É hora de superar os ótimos locais do colonialismo científico, que limitam perguntas, restringem horizontes e servem ao lucro de poucos. Uma nova neurociência deve nascer: ancorada na evidência, mas livre para recuperar o corpo-território, o Quorum Sensing Humano, os eus tensionais e a liberdade de expressão gênica do DNA.

Este é o grito inaugural de uma ciência livre, laica e enraizada no agora.

El Grito de la Neurociencia Decolonial – Entre la Evidencia y el Pertenecer - FALAN SfN Brain Bee

The Cry of Decolonial Neuroscience – Between Evidence and Belonging - SfN Brain Bee FALAN

O Grito da Neurociência Decolonial – Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN Brain Bee

El Grito de la Neurociencia Decolonial – De la Expresión Génica a la Libertad del Ahora - FALAN en Joinville icmpc 2025 SfN Brain Bee

The Cry of Decolonial Neuroscience – From Genetic Expression to the Freedom of Now - SBNeC Joinville icmpc 2025 Brain Bee SfN

O Grito da Neurociência Decolonial – Da Expressão Gênica à Liberdade do Agora - Congresso de Neurociências em Joinville

DREX Cidadão e os Caminhos Ancestrais para Sair dos Ótimos Locais do Lucro - Neurociências Decolonial SBNeC

Propuesta de un Modelo Decolonial de Metacognición para Tesis en Performance Musical - Neurociencia Decolonial FALAN SfN 2025 Brain Bee

Proposal for a Decolonial Model of Metacognition for Theses in Musical Performance - SfN Brain Bee Ideas

Proposta de Um Modelo Decolonial de Metacognição para Teses em Performance Musical - Decolonial SBNeC SfN Brain Bee Ideas

Silencio, Respiración y Sincronía - Espiritualidad DANA en la Escena Performática - Neurociencia Decolonial FALAN SfN Brain Bee

Silence, Breathing, and Synchrony - DANA Spirituality in the Performative Scene - Decolonial Neuroscience SfN 2025 Brain Bee

Silêncio, Respiração e Sincronia - Espiritualidade DANA na Cena Performática - Decolonial SBNeC SfN2025 Brain Bee Ideias

Del Dúo al Territorio Sonoro: Cognición Distribuida como Quórum Musical - Neurociencia decolonial FALAN Brain Bee Ideias SfN 2025

From Duo to Sound Territory - Distributed Cognition as Musical Quorum - SfN 2025 Decolonial Neuroscience

Do Duo ao Território Sonoro - Cognição Distribuída como Quorum Musical - SBNeC Neurociências Decolonial SfN 2025

Tensional Selves in Piano Practice - Mapping Sonic Belonging - SfN 2025 Decolonial Neuroscience Brain Bee

"Yoes Tensionales en la Práctica del Piano - Mapeando la Pertenencia Sonora" Neurociencia decolonial FALAN Brain Bee

Eus Tensionais na Prática do Piano - Mapeando o Pertencimento Sonoro - SBNeC Neurociências Decolonial

Enjoyment and Zone 2 - The Neuroaffective Basis of Performance in Unity - Decolonial Neuroscience SfN 2025 Brain Bee Ideas

Fruición y Zona 2: La Base Neuroafectiva de la Interpretación en Unidad - Neurociencia Decolonial FALAN Brain Bee SfN2025

Fruição e Zona 2 - A Base Neuroafetiva da Performance em Unidade - SBNeC Brain Bee Ideas SfN 2025

The Body That Thinks with Others – Toward an Embodied and Collective Musical Metacognition - SfN 2025 Brain Bee Ideas NIRS EEG

El Cuerpo que Piensa con Otros – Hacia una Metacognición Musical Corporizada y Colectiva - FALAN SfN 2025 Brain Bee Ideas

O Corpo que Pensa com Outros - Para uma Metacognição Musical Encarnada e Coletiva - SBNeC SfN 2025 Brain Bee

The Valley of Lost Souls – Decolonial Neuroscience in N2 Sleep Stage

El Valle de las Almas Perdidas – Neurociencia Decolonial en los estudios del Sueño fase N2

The Valley of Lost Spirits – Decolonial Neuroscience in N1 Sleep Stage

El Valle de los Espíritus Perdidos – Neurociencia Decolonial en los estudios del Sueño fase N1

O Vale das Almas Perdidas - Neurociências Decolonial nos estudos de Sono fase N2

O Vale dos Espíritos Perdidos - Neurociências Decolonial nos estudos de Sono fase N1

7 de Setembro – A Independência Que Nunca Foi - Hora de Decolonizar o Planeta 01

Educación Decolonial en Brasil - Alfabetizar es mucho más que enseñar a leer – Una lectura decolonial del artículo “Urge una nueva política pública de alfabetización”

Decolonial Education in Brazil - Alfabetization is much more than teaching how to read – A decolonial reading of the article “A new public literacy policy is urgent”

Decolonial Education in Brazil - Alfabetizar é muito mais do que ensinar a ler - uma leitura decolonial sobre o artigo “Urge uma nova política pública de alfabetização”

Multimodal NIRS EEG - Decolonial Neuroscience

Multimodal NIRS EEG - Decolonial Neuroscience

#Decolonial
#Neuroscience
#DREXcidadão
#NeuroBelong
#Zone2Mind
#TensionalMe
#DanaSpirit
#SleepNStage
#NirsAndEegs
#ApusDesigns
#FruitionNow
#LostValley
#ThinkBodies
#PIX
#DREX



#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States