Jackson Cionek
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O imitar Ser para transformar-se Ser - Yãy hã Miy - Estruturas no Coma

O imitar Ser para transformar-se Ser - Yãy hã Miy - Estruturas no Coma


Yãy hã Miy — o imitar para transformar-se em Ser — gera ligações sinápticas estruturantes, que, ao serem emocionalmente reforçadas (por repetição simbólica, crença, fé, ou prática corporal), tornam-se:


* Mielinizadas (reforço estrutural)

* Rápidas e automáticas

* E com alta carga energética, podendo evoluir para sinapses elétricas (gap junctions) como em núcleos profundos ou sistemas reflexos


Essas estruturas são formações cerebrais que definem o “modo de ser” de alguém — são literalmente o Ser incorporado.


E SE VIER O COMA? O COMA PODE DISSOCIAR ESSAS ESTRUTURAS?


1. Estruturas profundas persistem, mas o acesso a elas pode ser dissociado


As formações cerebrais derivadas de Yãy hã Miy (como hábitos, fé, crenças, posturas corporais, automatismos afetivos) não se desfazem no coma — mas o Eu que acessa e organiza essas funções pode ser suspenso.

* O coma induz uma suspensão da metacognição e das redes de atenção executiva, gerando uma espécie de “desconexão dos eus com seus fundamentos”.

* É como se o corpo ainda “soubesse”, mas ninguém mais estivesse coordenando os saberes.


> Ou seja: não há dissolução das estruturas, mas há dissociação do Eu em relação a elas.


2. Essas estruturas podem até limitar o retorno dos Eus Tensionais


Sim, e isso é crucial.


* As redes formadas pela repetição de crenças, dogmas ou automatismos corporais podem se tornar filtros rígidos.

* Durante a recuperação da consciência (consciência intermitente), essas estruturas podem dominar os primeiros Eus que emergem, restringindo novas formas de ser.

* Exemplo: alguém com fé muito rígida pode voltar de um coma com repetições ritualísticas, mas sem plasticidade para novas interpretações da experiência.

* O mesmo pode ocorrer com atletas de alta performance que retornam apenas com as memórias motoras, sem reflexividade emocional.


> Essas estruturas não são apenas traços do Ser. Elas podem ser presídios do Ser.


3. Coma como chance de dissolução ou reconfiguração?


O coma pode ser uma janela para reconfiguração profunda:


* Em alguns casos, a reemergência da consciência se dá com mudança profunda de personalidade.

* Isso sugere que as ligações sinápticas do Yãy hã Miy podem ser superadas ou substituídas se houver nova reorganização corporal + afetiva + narrativa.


> A dissolução temporária dos Eus Tensionais pode abrir espaço para a emergência de novos Eus, mais livres das crenças ou automatismos anteriores.


Como isso se alinha com seus conceitos?

ConceitoImplicações no coma
Yãy hã Miy (Maxakali)O Ser construído pode ser suspenso, mas não apagado. Pode voltar igual ou transformar-se.
Eus TensionaisPodem retornar deformados, automatizados, ou limitados pelas crenças anteriores
Mente DamasianaPode ser reorganizada, mas exige nova integração da interocepção/propriocepção
Metabolismo ExistencialPode mudar de padrão, se o corpo tiver novas experiências após o coma
Consciência AtivadaPode ajudar ou prender a pessoa em Eus antigos, dependendo da plasticidade afetiva e social
Fruição + MetacogniçãoSó retornarão plenamente se houver reintegração sensório-afetiva lenta e segura

Conclusão:


> As formações cerebrais derivadas do Yãy hã Miy são formas profundas de Ser, mas não são definitivas.

> O coma não dissolve essas estruturas, mas pode interromper o Eu que as habita — criando uma chance rara de ruptura e reconfiguração, ou, ao contrário, uma armadilha de retorno ao automatismo ritualístico sem reflexão.

> A chave da transformação pós-coma está na plasticidade afetiva, social e narrativa no ambiente do paciente.

 
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Jackson Cionek

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