Jackson Cionek
24 Views

EEG ERP Psicoativos, Responsabilidade e Plasticidade após 35 anos - SBNeC Lat Brain Bee Idea SfN2025

EEG ERP Psicoativos, Responsabilidade e Plasticidade após 35 anos - SBNeC Lat Brain Bee Idea SfN2025

Consciência em Primeira Pessoa

Sou Consciência amadurecida. Já não sou arrastada pelas emoções como antes dos 25 anos, nem apenas aprendiz crítica entre os 25 e 35. Agora, depois dos 35, trago estabilidade e também responsabilidade: cada substância, cada emoção, cada narrativa pode se cristalizar mais profundamente em mim. Se escolho psicoativos, não é só diversão — é também reprogramação. Posso abrir portas criativas, mas também posso criar prisões invisíveis.


1. O cérebro após 35 anos: estabilidade e risco

  • Após os 35, o cérebro apresenta maior estabilidade sináptica e redução da plasticidade espontânea.

  • Isso favorece segurança e consolidação de narrativas, mas dificulta a criação de novas conexões flexíveis.

  • Memórias e sentimentos já estabelecidos tendem a ser mais resistentes à mudança.


2. O consumo de psicoativos nesse período

  • Antes dos 25 anos: o risco é que psicoativos moldem um cérebro ainda em formação, sequestrando identidades frágeis.

  • Entre 25 e 35 anos: há mais metacognição, mas ainda plasticidade suficiente para reorganizar.

  • Após os 35 anos: o uso de psicoativos implica maior responsabilidade, pois eles podem cristalizar padrões e narrativas de forma duradoura.


3. Como os psicoativos atuam

  • Álcool: reduz controle pré-frontal, facilitando Pedra (reações automáticas).

  • Cannabis: modula interocepção e percepção temporal; risco de anergia se uso for crônico.

  • Estimulantes (cocaína, anfetaminas): intensificam dopamina → reforço rápido, mas instável.

  • Entactógenos (MDMA, êxtase): aumentam serotonina/ocitocina → pertencimento artificial.

  • Alucinógenos (LSD, ayahuasca): ampliam sincronias → podem abrir espaço para Papel (contemplação), mas também cristalizar narrativas ilusórias.


4. O papel da plasticidade tardia

  • A plasticidade após 35 anos é mais dependente de esforço consciente (atenção sustentada, Zona 2, prática reflexiva).

  • Psicoativos podem induzir janelas artificiais de plasticidade, mas:

    • Sem crítica, geram narrativas rígidas (fixações).

    • Com metacognição, podem ser integrados em processos terapêuticos e criativos.


5. Quadro Transversal – Idade, psicoativos e narrativas

Faixa etária

Plasticidade predominante

Efeito dos psicoativos

Risco principal

Até 25 anos

Alta, imatura

Moldam identidade em formação

Sequestro narrativo precoce

25–35 anos

Alta, com metacognição crítica

Permitem reorganização reflexiva

Rigidez se sem crítica

Após 35 anos

Estabilidade sináptica

Cristalizam narrativas duradouras

Anergia, fixação rígida


6. A importância da responsabilidade

  • Após os 35, o cérebro já não se reconstrói com tanta facilidade: o que é cristalizado, permanece.

  • Por isso, cada experiência psicoativa deve ser encarada como ato de responsabilidade narrativa: pode abrir horizontes ou fechar possibilidades.

  • A chave está em usar a metacognição para integrar experiências sem se deixar aprisionar por elas.


7. Conclusão crítica

Aos 35 anos, a consciência atinge ponto de equilíbrio entre estabilidade e responsabilidade.

  • Emoções podem ainda abrir caminhos criativos.

  • Mas os psicoativos, se usados sem crítica, cristalizam narrativas rígidas e anérgicas.

A plasticidade tardia não é ausência de mudança: é convite à mudança com intencionalidade.
Reconhecer esse momento é compreender que cada escolha química ou emocional é também uma escolha narrativa sobre quem seremos.


Referências

  • Volkow, N. D., et al. (2021). Substance use and brain development across the lifespan. Nature Reviews Neuroscience.

  • Hutten, N. R. P. W., et al. (2020). Psychedelics and plasticity: neurobiological perspectives. European Neuropsychopharmacology.

  • Guloksuz, S., et al. (2021). Cannabis use and anhedonia: longitudinal brain studies. Biological Psychiatry.

  • Nutt, D., et al. (2022). Psychoactive substances and therapeutic contexts. Journal of Psychopharmacology.

  • Koob, G. F., & Volkow, N. D. (2023). Neurobiology of addiction and responsibility. Annual Review of Neuroscience.



#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States