Delírio Pré-Coma - Um Último Eu Tensional? Brain Bee Ideas
Delírio Pré-Coma - Um Último Eu Tensional? Brain Bee Ideas
“Talvez o delírio não seja apenas uma falha mental — mas a última tentativa de um corpo em colapso para manter um Eu vivo, mesmo que fragmentado.”
Introdução
Momentos antes do colapso completo da consciência, muitas pessoas — especialmente em casos de infecção sistêmica, falência visceral ou hipoxia — experimentam um estado de delírio.
Na clínica, esse fenômeno é frequentemente confundido com agitação, desorientação ou confusão. Mas, do ponto de vista da consciência, o delírio pré-coma pode representar a última manifestação de um Eu Tensional tentando se sustentar, ainda que de forma caótica.
O que é o Delírio?
Definição médica (Inouye et al., *New England Journal of Medicine*, 2006):
Delírio é uma síndrome cerebral aguda, de início rápido, caracterizada por:
* Alteração do nível de consciência
* Flutuação da atenção
* Desorganização do pensamento
* Alterações perceptivas e motoras
Frequentemente causado por:
* Infecções (ex: septicemia)
* Desidratação
* Medicamentos
* Falência orgânica (renal, hepática, pulmonar)
* Alterações no metabolismo cerebral (ex: hipoxia, hipoglicemia)
Delírio como Instabilidade no Quorum Sensing Humano (QSH)
Segundo seus conceitos, a consciência é parcialmente sustentada por laços corporais e sociais que configuram o QSH – Quorum Sensing Humano: uma percepção ativa de pertencimento, orientada por sinais internos (interoceptivos) e externos (vínculos com outros seres).
No delírio:
* O QSH se rompe: o corpo não se reconhece mais no ambiente, nem percebe os outros como parte de uma rede.
* O paciente delira com vozes, presenças, memórias distorcidas — ou seja, ativa simulações de QSH antigas ou fictícias para tentar manter-se “existente”.
Hipótese: O delírio é a tentativa final de simular um campo relacional estável quando o real já colapsou.
Desorganização dos Eus Tensionais
O Eu Tensional, em seu modelo, é a configuração ativa e adaptativa de um corpo diante de uma realidade percebida.
Durante o delírio pré-coma:
* O corpo está em falência: órgãos não respondem, ritmos internos se desorganizam, e a interocepção envia sinais contraditórios ou extremos.
* O cérebro tenta recrutar Eus antigos, talvez já ritualizados, para lidar com o caos (ex: mãe falecida, cenas religiosas, ambientes familiares).
* Isso gera um colapso entre memória, percepção e sentimento, como se a mente criasse uma realidade simulada para evitar o vazio absoluto.
O delírio, nesse ponto, não é ilusão, mas um último esforço de coesão simbólica, onde o Eu luta para não se dissolver.
Comparação com o Sono REM Fásico
Estado | QSH | Eus Tensionais | Interocepção | Propriocepção | Linguagem | Emoção |
---|---|---|---|---|---|---|
REM Fásico | Simulado | Reencenação simbólica | Ativada | Parcial | Suspensa | Exacerbada |
Delírio Pré-Coma | Rompido ou confuso | Instável e fragmentado | Extremada e incoerente | Em colapso | Desorganizada | Intensa e caótica |
Base científica e implicações:
Neurofisiologia do delírio (base Inouye et al., 2006):
* Disfunção no sistema colinérgico e dopaminérgico
* Redução da atividade frontal (regulação executiva)
* Ativação caótica das áreas visuais e auditivas → alucinações
* Ciclos circadianos desorganizados → alternância entre sonolência e agitação
Esses fatores apontam para um descolamento funcional entre as partes do cérebro que regulam o Eu, a percepção do tempo, a coerência corporal e a linguagem.
Interpretação segundo nossos conceitos:
Conceito | Papel no delírio pré-coma |
---|---|
Yãy hã Miy | Simulações ancestrais e culturais (ex: entidade, avó, “hora de ir”) podem ser ativadas como tentativa simbólica de SER |
Eus Tensionais | Tentativas desesperadas e instáveis de manter coesão do corpo e do fazer |
QSH | Simulações quebradas, fantasmas de vínculos afetivos antigos |
Fruição | Impossível — tudo vira angústia e confusão |
Mente Damasiana | Fragmentada entre sinais caóticos do corpo e memória instável |
Metabolismo Existencial | Corpo luta por homeostase, mas já sem coerência subjetiva |
Conclusão
> O delírio pré-coma pode ser visto como a última manifestação ativa da consciência, um último Eu Tensional tentando sustentar alguma forma de pertencimento e sentido quando o corpo já está em colapso.
> É um estado limítrofe em que a Mente Damasiana se fragmenta, o QSH se rompe, e a consciência tenta simular vida antes do silêncio total.
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